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No Limite da Dor

Muitos dos apartamentos mais próximos da praia de Quarteira, quer sejam construções com mais de duas décadas, ou então acabadas de erguer, constituem a segunda habitação de pessoas que vivem em grandes cidades fora do Algarve, especialmente na zona da grande Lisboa. Um luxo que não é para todos mas que sempre tem sido uma tradição antiga. Tradição esta que determina que uma família, para ser considerada bem-sucedida no seio da classe alta portuguesa, deve ter um apartamento ou vivenda na região algarvia.

Estas segundas habitações só ganham vida no verão ou nas férias escolares. Já o calçadão tem vida todo o ano. Dezenas de vidas cruzam-se diariamente. As pessoas caminham, correm, passeiam os cães ou simplesmente deixam-se ficar sentadas nos bancos a olhar para o mar, embaladas pelo som das ondas.

Na fachada de um dos apartamentos mesmo em frente ao calçadão dois pintores acabavam de pintar, no topo de um grande andaime. A dada altura o calor que se fazia sentir naquela quarta-feira de final de abril incomodava tanto como o sol de agosto, terrível para quem não trabalha dentro de um edifício. Por esse motivo os pintores passaram para a varanda do segundo andar, desabitado naquela altura.

Decididos a fazer uma pausa, sentaram-se em duas cadeiras de plástico já velhas. Para se refrescar do imenso calor que se fazia sentir, um deles tirou duas latas de cerveja da mochila e ofereceu uma delas ao colega. Após terminar a sua cerveja, este retribuiu a generosidade do colega ao oferecer-lhe um cigarro. Era uma relaxante momento de pausa no final de uma manhã cheia de calor. Estavam ambos a conversar acerca das últimas notícias sobre a situação do vírus em Portugal.
Falavam sobre os últimos jogos de futebol, eram adeptos de diferentes equipas. Subitamente o tema da conversa mudou quando ouviram barulho no andar acima do seu, um terceiro andar. Alguém estava a subir as persianas das janelas e a abrir os vidros. Durante todo o tempo em que ali trabalhavam, nunca tinham visto as janelas do terceiro esquerdo com os vidros abertos, nem com os buracos das persianas aberto.
Sabiam que durante o ano inteiro viviam apenas seis pessoas naquele bloco de apartamentos com cinco andares. Um casal idoso, um casal jovem com uma criança e uma mulher que nunca tinham visto entrar ou sair de casa. Só sabiam da sua existência pela história que o casal idoso lhes tinha contado sobre essa mulher, Cristina Franco. Por esse motivo, ambos sentiam uma profunda compaixão para com ela.

Seis meses antes, alheia às opiniões e interrogações que os seus vizinhos e outras pessoas pudessem ter, a inquilina solitária tinha-se enclausurado em sua própria casa e cortado abruptamente todas as relações com o mundo exterior. Quanto aos únicos familiares vivos, os pais já idosos e a viver no norte do país, cortara relações havia muito tempo, precisamente no dia em que fizera dezoito anos. Decidida a conseguir um bom emprego longe da terra onde nascera e na qual não antevia nada de bom para si no futuro, arrumara a sua mala e rumara ao Algarve. Sentira-se incapaz de suportar por mais tempo o desprezo da mãe e a indiferença do pai, que provavelmente se tornara alcoólico não pelo agrado do sabor do vinho ou da cerveja, mas sim para esquecer que vivia na mais profunda infelicidade.
Cristina também se afastara do convívio com os amigos mais próximos, alguns deles eram uma família de afeto, e deixara de falar com qualquer pessoa que a pudesse conhecer e lembrar-se que ela estava em casa, sozinha, a enfrentar um doloroso processo de luto. Um processo de luto duplamente doloroso em que esistira por completo de viver. Limitava-se a sobreviver, nem ela própria saber como ou até quando.durante os vários meses em que decidira isolar-se dentro da sua casa, na esperança louca e vã de um dia adormecer e nunca mais acordar. Não queria viver mas, ao mesmo tempo, não conseguia reunir coragem de se suicidar, embora essa ideia pairasse inúmeras vezes como uma nuvem negra na sua mente.
Durante os últimos anos dedicara-se exclusivamente a Pedro, com quem casara oito anos após ter deixado a casa dos pais. Tinham um filho: Vasco, com cinco anos. Esgotadas as suas reservas de energia, a dada altura Cristina percebeu que se esquecera-se de ter tempo para si própria fora do trabalho e do contexto familiar. Mas o marido e o filho eram a sua única família, as pessoas que mais amava no mundo e que mais amor e alegria lhe davam todos os dias. Apesar de algumas discussões, muitas vezes motivadas pelo stresse causado pela profissão de cada um, Cristina e Pedro eram um casal muito feliz. Vasco era uma criança sensível e generosa que os deixava orgulhosos todos os dias. Cristina vivia por eles. Acima da sua ambição profissional, só a sua família. Ela e o marido até estavam a tentar ter mais um filho e duplicar a sua felicidade como pais. essas vidas foram bruscamente interrompidas, foi como se lhe tivessem arrancado, qual tapete, o chão debaixo dos pés.

Contrariamente à força da gravidade, o corpo de Cristina flutuava sem destino no buraco negro de dor em que se havia transformado o seu peito. Era aí que pairava naquele momento. Pairava no meio do próprio turbilhão de pensamentos que a incitavam a deixar-se morrer, como uma flor outrora amada por quem a havia plantado, mas que, por um qualquer motivo, se esquecera de a regar e a deixara murchar. A barreira que separava a realidade da ficção desmoronara-se. A falta de clareza de raciocínio transformara o seu cérebro numa qualquer máquina obsoleta. Deixara de acompanhar o progresso e ficara arrumada a um canto qualquer, ganhando pó. E por falar em pó...

Se a Cristina Franco que, até ao ano anterior, fora uma perfecionista da limpeza e arrumação doméstica, visse o estado atual em que o seu apartamento se encontrava, teria certamente um ataque de nervos. Um imenso e já espesso manto de pó enegrecido cobria todas as superfícies à vista e adensava o ar que se respirava. A escassa luz que entrava naquele apartamento deixava apenas ver vultos de móveis na sala. Enquanto a luz mais intensa que se espalhava no interior das duas casas de banho, com as respetivas portas fechadas, mostrava a mais completa destruição. Os espelhos estilhaçados, bem como todos os objetos que fosse possível destruir. No ar espalhava-se um odor forte, desagradável, que provavelmente teria a sua origem em comida estragada, vinha da cozinha. Não havia qualquer ordem naquele caos.

Até que, naquele preciso dia, uma desconhecida força interior fez com que Cristina despertasse finalmente do total estado de letargia em que a sua dor agonizante a tinha aprisionado. A pior prisão em que alguém pode permanecer é aquela que a sua própria mente adoecida ergue ao seu redor. Sentou-se na cama e foi a cambalear até à porta entreaberta da pequena casa de banho em anexo ao quarto. Estava tão fraca que rapidamente perdeu o equilíbrio e caiu no chão. Mas não gritou de dor nem se queixou apesar da queda. Encontrava-se de tal modo submersa na dor causada pela perda da sua família, que qualquer dor, quando comparada a essa não era nada. O corpo fragilizado de Cristina deixara de ser capaz de sentir calor, frio ou fosse o que fosse. A jovem abriu os olhos e fixou-os na claridade que passava por baixo da porta da casa de banho anexada ao quarto. A escassa luz, a única luz a tentar acabar com o já tão longo reinado de escuridão naquele quarto.

Desesperada por ver que tudo o que a sua visão conseguia alcançar girava em seu torno, como os planetas em torno do sol, convocou todas as forças que pudessem ainda restar-lhe para se levantar e voltar para a cama. Lamentando-se por ter sequer pensado em deixar a cama, irrompeu num choro compulsivo. Esforçar-se para quê? Afinal de contas Pedro e Vasco nunca mais voltariam! Estava só. Completa e definitivamente só. Via o facto de ainda estar viva como uma crueldade da parte de Deus. Ele tirara-lhe a sua razão de viver porém, ainda insatisfeito, mantinha-a viva só pelo gozo de a ver sofrer e definhar todos os dias.

Apesar desta complexidade de sentimentos, no seu interior, Cristina sentia a persistência de uma estranha e inexplicável força de vontade que a impelira a realizar todo aquele esforço. Tentava erguer-se e caía, mas não desistia. Que motivo tão forte estaria na origem do rompimento com o estado de total inércia em que se encontrava até escassos momentos atrás? Mais uma tentativa e eis que a sua persistência deu frutos e conseguiu finalmente sentar-se na cama.

Uma mudança não tardaria a acontecer naquele dia. Havia uma nova ideia a formar-se e a pairar como uma nuvem na mente da antiga agente imobiliária. Uma ideia, a expressão de uma vontade, desafiava-a a voltar à vida. A sua respiração ruidosa mostrava bem o misto de cansaço e de inquietação que habitavam o seu interior.
Cristina olhou através da janela e foi como se visse o mundo pela primeira vez. O mar ao fundo era a seus olhos a coisa mais bela que alguma vez se recordava ter visto. O ar puro que entrava e dissipava o ar pesado, contaminado de dor e sofrimento, purificava os pulmões de Cristina. As pessoas a caminhar no calçadão e a movimentação na praia ajudaram-na a situar-se em termos de tempo e espaço. Casa. Quarteira. E um dia quente e cheio de sol como se fosse verão.

Debaixo do chuveiro, Cristina lavou-se até à alma, sedenta de encontrar sentido na estranha forma de vida em que se tinha transformado. Sentiu-se uma mulher renovada e entregou-se a uma limpeza a fundo da casa, como se a sua sobrevivência e o estado da sua sanidade mental dependessem da eliminação do pó e sujidade ao seu redor. Surpreendidos, os vizinhos escutaram de novo ruídos no segundo esquerdo, nomeadamente o som do aspirador. Cristina até conseguiu entrar no quarto do filho e em pouco mais de três horas tinha a casa a brilhar…e muitos sacos do lixo à porta! Puxou-os até ao elevador e carregou no botão para descer.

O elevador desceu em poucos segundos e Cristina ficou cara a cara com o jovem casal que morava no quarto andar. Impressionado com a magreza da sua vizinha, o casal mal conseguia disfarçar o choque da mudança que viam em Cristina. Parecia precocemente envelhecida. Ofereceram-se para ajudar a carregar os sacos até ao contentor do lixo. O choque com a luz do dia foi tão intenso que Cristina cegou por momentos e quase perdeu a força, tendo de ser ajudada pelos vizinhos, que a levaram de volta a casa, com receio que ela desmaiasse.

Depois de quase uma hora deitada a descansar, Cristina recuperou a força e ganhou coragem para fazer algo que há muito devia ter feito. vestiu-se o melhor que conseguiu, pois era visível que toda a roupa que lhe ficava toda demasiado larga. Ultrapassadas estas dificuldades iniciais, foi até à pastelaria mais próxima tomar a primeira refeição decente em muito tempo. A dona do estabelecimento era amiga de longa data de Cristina e não coube em si de contente por revê-la, apesar do seu estado frágil.

Depois de uma sopa e uma sanduíche acompanhada por um sumo natural, tudo preparado pela amiga, Cristina recuperou boa parte das suas forças. Tendo posto a conversa em dia com a amiga, resolveu ir até à praia e ficar lá até ao sol de pôr. As pessoas que se bronzeavam ou refrescavam na água do mar desapareceram e ela relembrou um lindo dia de praia como aquele que passara com o marido e o filho. Saindo da água, Pedro tinha um físico invejável, obtido por idas regulares ao ginásio e corridas matinais na praia ou no calçadão. Cristina sentiu de novo a incrível força de atração que há vários anos a unia ao homem da sua vida. Sabia que todas as suas amigas o desejavam só para si, mas em vez de ciúme sentia um enorme orgulho por ser digna de um homem tão belo e de presença forte.

Inegavelmente parecido ao pai, o pequeno Vasco entretinha-se a fazer construções na areia, com a pá e o balde de plástico e uma série de outros utensílios. Pedro aproximou-se do filho e sentou-se ao seu lado para o ajudar. Sentada em cima da toalha, Cristina sorriu-lhes e ao ver o sorriso retribuído, sentiu uma dor lancinante no coração. O seu peito cedeu ao forte bloqueio de sentimentos formado por uma impressionante quantidade de medicamentos antidepressivos e calmantes e ela conseguiu finalmente chorar.

Quando regressou a casa o sol já se tinha posto. Colocou as chaves sobre a pequena mesa de entrada e dirigiu-se à cozinha para arrumar a comida que trazia, divida em dois sacos de compras do supermercado mais próximo. Depois de arrumar tudo decidiu ir para o quarto e deitar-se um pouco. Ainda estava muito debilitada. Sentia como que um interruptor a querer desligar-se no seu cérebro cansado e a sua força física ficara completamente esgotada com a ida ao supermercado, não pela distância a que ficava de casa, mas pelo peso dos sacos. Não estava habituada. Antes não dava um passo sem o carro e agora a última coisa que queria era voltar a estar dentro de um carro, quanto mais conduzi-lo!

Ao percorrer o pequeno corredor até ao seu quarto, susteve a respiração e apressou-se a tapar a boca para sufocar qualquer grito que teimasse em sair. Cristina acabara de perceber que não estava sozinha em casa. Ouvia o som da água a sair do chuveiro da casa de banho mais pequena, que ficava em anexo ao seu quarto. As pernas tremiam-lhe tanto que mal se segurava de pé e teve de se apoiar na parede.
Tinha de decidir rapidamente sobre o que fazer. A sua respiração estava ofegante. O coração a querer saltar do peito. A cabeça atordoada talvez ainda sob o efeito dos antidepressivos. Não tinha força para voltar atrás e sair de casa. E também não tinha força para continuar a caminhar em frente. Mas que ladrão era aquele que não deixara rasto de destruição onde passara e decidira tomar banho em vez de pegar na caixa cheia de joias que ela tinha em cima da cómoda ou dos relógios da coleção de Pedro?

Respirou fundo. Passara meses a pensar em como seria bom se a morte fosse generosa o suficiente, depois de vê-la passar dias a fio sem comer, e levá-la durante o sono. Afinal o que tinha a perder? Sem emprego, sem família, que espécie de forma de vida passaria a ter daquele dia em diante? Recomeçar essa “vida” noutra casa, noutra cidade e procurar emprego? Para quê? Sentia-se incapaz de voltar a amar, fosse como esposa ou como mãe. O significado de amor desaparecera de todos os rostos e de todos os lugares que se recordava. Estava cansada de tanta dor.

Num ato desesperado, resolveu dirigir-se à casa de banho com a firme intenção de provocar um confronto com o ladrão. Se ele a matasse, como ela desejava que acontecesse, seria não um crime, mas sim um ato de misericórdia. Ao abrir vagarosamente a porta, soltou um grito. Não um grito de medo, mas de surpresa. Uma surpresa desconcertante.

Fechou a porta atrás de si e permaneceu quieta e silenciosa, de sorriso nos lábios e lágrimas de alegria enquanto observava o seu marido Pedro a tomar um duche. Ele não só se apercebeu da sua presença quando afastou a porta da cabine de duche e puxou a toalha para se limpar. Vendo-a imóvel diante de si, sorriu-lhe e comentou, num tom sedutor e desafiante: «Agora que finalmente tenho a tua companhia apetece-me voltar a ligar o chuveiro e ficar só um pouco mais aqui. Vens, querida?». Estendeu-lhe a mão e convidou-a a juntar-se a ele. Como que sob o efeito de um encantamento, sempre silenciosa, Cristina aproximou-se do marido. Deixou-se arrebatar pelo entusiasmo com que ele a beijou e puxou contra si, demorando-se a tocar-lhe cada parte do corpo depois de a despir num abrir e fechar de olhos.
Depois de vestir o pijama, já no quarto, Cristina ganhou coragem e foi ao quarto de Vasco. Se aquela brecha na realidade, ou o que quer que fosse, lhe trouxera o marido de volta, era possível que voltasse a poder ver novamente o seu filho. E assim foi. O seu pequeno príncipe estava mesmo deitado na sua cama, tendo adormecido a ver desenhos animados. Apagou a televisão e sentou-se na cama, beijando o rosto do seu adorado menino.

Afinal Deus existia mesmo e miraculosamente estava a dar-lhe o que tantas vezes lhe pedira. A sua vida de volta. Regressando ao seu quarto, deitou-se ao lado de Pedro e adormeceu cheia de esperança e amor no coração. Sentimentos que colapsaram ao perceber que acordara de novo na manhã do trágico acidente em que perdeu o marido e o filho.

Pedro ficou preocupado por vê-la tão transtornada, mas não queria faltar à reunião importante que tinha no banco onde trabalhava. Nem queria que Vasco ficasse em casa e perdesse um dia de brincadeira com os amigos no jardim de infância.
Impotente perante o rumo que os acontecimentos estavam a tomar, Cristina desistiu de impedir o inevitável. Como o seu carro estava na oficina, entrou no reluzente carro topo de gama de Pedro e observou-o a colocar o cinto à volta de Vasco na cadeira do banco de trás. Enquanto o marido fazia as manobras para sair da garagem do prédio, Cristina agarrou-se à louca esperança de que talvez daquela vez tivesse a sorte e conseguisse morrer no acidente que não tardaria a acontecer.
Menos de duzentos metros percorridos, viu uma carrinha branca com vidros escuros a surgir de repente pela esquerda em grande velocidade, desrespeitando o sentido da rotunda. Pedro travou a fundo e o carro subiu foi projetado no ar até se contorcer contra o tronco de uma árvore. Cristina ensurdeceu com os gritos e o choro de Vasco e quando viu Pedro sangrar pelo nariz e pela boca e a morrer ao seu lado, fechou os olhos e implorou para que a morte a levasse rapidamente.

Deitada na areia da praia, Cristina acordou em sobressalto. Estava a anoitecer, mas o calor fazia-se sentir em força. Quando percebeu que afinal tinha adormecido, sentiu uma espécie de alívio e resolveu regressar a casa. Muita gente jantava nas esplanadas dos restaurantes. Peixe grelhado e marisco eram uma presença constante em cima das mesas. Havia pessoas também a caminhar na avenida ampla de calçada e Cristina deixou-se perder no meio delas, bebendo da sua alegria. Jantou um cachorro quente pelo caminho, pois afinal já não precisava de mais uma rigorosa dieta e passou pelo supermercado, chegando carregada de sacos a casa.

Arrumou as compras todas na cozinha e enquanto se dirigia para o quarto começou a ouvir o som da água do chuveiro a correr. Parou diante da porta, mas daquela vez nem sequer hesitou, nem sentiu qualquer medo. Já sabia quem estava na casa de banho a tomar duche. Também já sabia todas coisas que iam acontecer de seguida, num ciclo sem fim. Deixou-se ir naquela corrente de loucura que a condenava a reviver eternamente o episódio mais trágico da sua vida. Era a única forma de rever quem amava.

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Ana Isabel Fernandes

Começou a dar os seus primeiros passos na escrita online há dezasseis anos, enquanto estudante universitária, em vários blogues focados no cinema, literatura e artigos de opinião. Neste ano de 2020, o mais desafiante da sua vida, decidiu dedicar mais tempo à sua velha paixão pela escrita, numa altura em que passaram doze anos desde que concluiu o Curso de Ciências da Comunicação, variante de Comunicação Social, pela Universidade do Algarve. Por isso «O Eco dos Pássaros» é a melhor oportunidade de mostrar o seu talento e se lançar na carreira da escrita.

Ana Isabel Fernandes
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A Vida é Breve. A Arte é Longa.