A Walk on the Wild Side
Depois houve a mudança das estações,
As palavras passaram de um capitular redondo,
Para uma insignificância irregular,
Tudo o que era ilegal ganhava o sabor da meia noite,
Com os pássaros do esquecimento de recorte aos maus e péssimos imprevistos de água quente,...
Nada fazia sentido ao passo que tudo se vestia de uma luz bafienta,
Velha,
Ao mínimo vermute de solidão,
Tossiam-se histórias de amor,
A um compasso pintado a cadáveres pendurados,
Ocasionalmente,
Nas janelas em risco de desabar,...
Quando o tempo se encaixou em si próprio.
Os sorrisos das mulheres nevavam como o mais profundo dos invernos,
E a lacustre ilusão dos homens,
Era isso,
Um prenúncio de solidão que nem consegue caber neste poema
Miguel Curado
Nasci em Setúbal. Sou formado em Comunicação Social, e trabalho em jornalismo há cerca de 21 anos. Já tenho um livro de poesia publicado, em 2018, e mantenho uma produção constante na área da poesia e prosa, que acumulo num blogue pessoal.
Sou casado, tenho um filho, e vivo em Lisboa.