O Inesperado
Pedia um simples pôr do sol,
com sabor a saudade,
agarrado a um beijo, na tentativa de sentir,
a leveza da liberdade,
liberdade essa perdida em menos de nada,
onde restam corpos vazios,
em tempos mortos,
e hoje, pedimos meros momentos,
para alimentar o vazio dos corpos,
esses, que permaneceram tempos e tempos,
cheios de nada,
na angústia, de ter e não puder,
de querer e sentir um aperto no coração,
esmagado numa parede branca,
a pedir o contorno da luz perdida,
aquela que o amor acende, e mantém a vivacidade de dois sorrisos,
ao que a vida nos exige, e nos prepara,
agora, somos almas expostas,
na tentativa de pintar, e de purificar,
as memórias nunca perdidas.
Mas depois apareces tu...
Que sem te tocar já senti o céu,
na tentativa de conhecer a dimensão das estrelas,
preenchidas pela simplicidade que te abraçam,
prevaleceu a claridade evidente nos meus olhos,
e os beijos incandescentes,
que são desejos na extremidade de um começo,
gravados na pele de quem sente o calor do vento,
a um ritmo veloz, mas que sabe tão bem,
sente-se a ânsia a percorrer o corpo,
no compasso de sonhos vivos,
e a vontade retratada em palavras,
palavras que querem sentir,
a felicidade desenhada nos teus lábios,
e gravar neles todo o amor que o coração sente.
Inês Palminha
Nasceu a 29 de janeiro de 1997, em Faro. Cresceu na cidade de Viseu, mas atualmente, reside em Faro. Neste momento, está a finalizar uma licenciatura no curso de Educação Social na Universidade do Algarve. O gosto em compreender e ajudar os outros está-lhe nas veias e pretende fazer disso a sua vida.
A paixão pela escrita surgiu numa fase significativa da sua vida, que lhe abriu portas para transcrever todas as emoções à flor da pele. Não esconde o sonho de vir a escrever um livro da sua autoria e afirma que somos do tamanho daquilo que sonhamos e não daquilo que nos destrói. Gosta de café e de escrever ao som do mar.