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Inferno no Céu

Ascendo á terra,
Descendo aos céus,
Igrejas de cruzes invertidas,
Seitas a rezar,
Clãs desfeitos,
Pânico nos demais.

Um poema sem rimas,
Não é poema mas sim apelo,
Seja quem for que o leia,
Que entenda o crime,
O crime da humanidade!

Queremos igualdade,
Mas lutamos pelas diferença.
Queremos acabar com o mal,
Mas alimentamo-lo.
Não queremos ser julgados ,
Mas julgamos.
Queremos apoio,
Mas não sabemos apoiar.

É vergonhoso um povo que não sabe lutar,
Que vergonha que expira a nova geração,
Cobardes que não sabem comunicar.
Andam a lutar pela paz,
Sem saber a sua definição.

Não podemos exigir algo sem dar,
Todas as vidas interessam,
Pois é verdade,
Então se esqueçam disso quando destroem vidas,
Protestos violentos feitos por criminosos,
E nada mais!
Sigam quem o faz com amor!
Quem caminha a se sujar!
Quem dá a mão ao próximo,
Sem saber o seu passado.
Não são hooligans a pilhar,
Que vão mudar o mundo.

Envergonham tanto que nem a televisão ligo,
A terra é um inferno,
E sóis vós os demônios que nela caminham.
Em vez de mostrarem bondade,
Têm preferência pela cobardia,
Pois cobardia e maldade são o mesmo.

Privam de viver,
Porque não o sabem fazer,
São os inimigos do mundo os que protestam,
Sem a paz.
São verdadeiros humanos os que protestam,
Com a paz.

Nem quero nem vou apoiar,
Até o ser Humano se saber comportam.
Só aí terei orgulho de ser pessoa,
Pois neste momento,
Neste momento vergonhoso,
Que mascará a nossa história,
Somos apenas estúpidos,
Somos só humanos.

Não lutem, falem.

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