Emersivo conclui viagem cultural pelo país e anuncia regresso em 2026
O festival que encerrou o seu primeiro ciclo no IPDJ em Faro, regressa no próximo ano nos dias 22 e 23 de Maio.
O Emersivo — Festival Itinerante de Cultura Emergente encerrou no dia 08 de Dezembro o seu 1º ciclo de cultura itinerante. Na sua última paragem, nos dias 06, 07 e 08 de Dezembro, o festival, inundou o IPDJ em Faro, de um intenso e diverso programa de arte, música, performance e poesia que envolveu artistas das mais diversas geografias e influências numa partilha simbiótica de arte emergente.
Organizado pela associação A Tal Emersa e com produção da Epopeia Group, o festival consolidou a sua natureza itinerante com a chegada à capital algarvia depois das paragens anteriores em Louro (Vila Nova de Famalicão) e Vila Ruiva (Cuba). Fiel ao seu propósito, o Emersivo, procurou mostrar que a cultura não tem de existir apenas nos tradicionais centros geográficos.
Nesta terceira paragem, o festival contou com a participação de Daphné Chenel, André Louro, Tomás., Kilavra, Hugo Costa, Jacaréu, FeMa, Sara Martins, Luís Ene, Marta Lima, Ana Tereza, Bárbara Pina, David Garcez, Tiago Marcos, Recante, JUG e Mirage People.
A par da programação artística, a programação do do festival acolheu ainda a tertúlia “Entidades públicas como agentes de disseminação cultural” no 1º dia de festival, que, moderada por Luís Caracinha (produtor do festival), contou com a participação de Elsa Cavaco (CCDR Algarve), Marco Lopes (Museu Municipal de Faro), Dália Paulo (CM Loulé), Custódio Moreno (CM Olhão) e Bruno Inácio (CM Faro).
Já no 2º dia, a tertúlia moderada por Susana Monteiro (Radialista e Apresentadora), incidiu sobre a temática ”O papel da comunicação social na educação de público” e contou com o contributo de Júlio Ferreira e Ricardo Coelho (Alvor FM) e Pedro Duarte (Jornalista e Radialista).
No dia 08 de dezembro, a conversa debruçou-se sobre o tema “Emoção vs Razão na produção cultural” e numa conversa conduzida por Bruno Oliveira (Programador Cultural), contou com o testemunho de Luís Vicente (ACTA e Teatro Lethes), Célia Trindade (Atelier do Movimento), Fúlvia Almeida (ArQuente), Fernando Júdice (República 14), Pedro Bartilotti (Ginásio Clube de Faro) e Pedro Brandão (Algarve ao Vivo).
Com este encerramento de ciclo em Faro, o Emersivo assume-se não apenas como palco para criação emergente, mas também como plataforma de encontro, experimentação e diálogo cultural, reforçando a presença das pequenas e médias cidades no mapa da cultura contemporânea portuguesa. “O festival nasceu de uma premissa, que soava a utopia, de levar artistas emergentes de norte a sul do país cruzando as suas visões e influências numa celebração do novo, longe dos grandes centros culturais do país e sem seguir o caminho convencional de financiamentos” explica a organização.
Nas redes sociais, o festival deixa uma mensagem de agradecimento às diversas organizações parceiras, aos 30 artistas que passaram por este ciclo de paragens mas em especial ao público. “Deixamos uma salva de palmas a todas e todos que saíram de casa para irem à procura do desconhecido, um público que sempre soube acolher e que se deixou emocionar durante cada espetáculo.”
O festival Emersivo regressa em 2026, anunciando já uma das paragens que fará no próximo ciclo. Nos dias 22 e 23 de Maio, o festival regressa ao Louro em Vila Nova de Famalicão para uma edição que promete mais talento e muitas novidades.